Cenas do Natal

dezembro 29, 2014 Helô Righetto 2 Comentários

Esse ano mais uma vez fizemos o Natal aqui em casa - depois de termos 'transferido' a festchinha pra casa dos amigos em Paris em 2013 - e acho que todo mundo curtiu bastante.

E mais uma vez calculamos errado a quantidade de comida. Éramos em oito, mas dava fácil pra alimentar 15, sem brincadeira. Acho que rola um medo de faltar alguma coisa, e todo mundo que vem acaba trazendo mais do que era combinado.

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Antes da comilança (ainda bem, porque depois ninguém conseguia se mexer) nosso apê virou uma baladinha (anos 80, ao som de um álbum incrível que inclui clássicos do Dominó e do Polegar), pra mim a melhor parte da noite.



Desde que mudamos para Londres passamos o Natal entre amigos - ou melhor, a nossa família daqui. Espero que muitos ainda aconteçam, exatamente como esse!

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Guia de Londres, finalmente lançado!

dezembro 26, 2014 Helô Righetto 7 Comentários

Em janeiro desse ano eu decidi que ia escrever um guia de Londres. Há tempos eu pensava sobre isso, mas uma das coisas que eu usava como desculpa para não escrever era o fato de já existirem muitos. Eu me perguntava: por que fazer mais um?

Aí, na mesma semana, aconteceram duas coisas: eu ganhei de presente um guia de Londres de 1896 de uma amiga (A inspiração foi tamanha que a frase de abertura do meu livro vem dele!), e outra amiga me escreveu perguntando se eu não tinha nenhum projeto em vista no qual ela poderia trabalhar comigo como ilustradora. Bingo!

Capa

Ok, existem sim vários, dezenas, milhares de guias de Londres, mas não o meu! Tomei coragem e me dei esse desafio. Levou mais tempo do que eu imaginava (afinal fiz durante meu 'horário livre', ou seja, a noite e nos finais de semana), e várias vezes pensei que não acabaria nunca (sempre tem alguma coisa pra adicionar!). Mas eu acabei! 

Índice - o que você vai encontrar no guia

Claro que publicar um guia vai além de escrevê-lo. Contei com um time de colaboradores/amigos que abraçaram o desafio e são tão responsáveis por ele quanto eu: a Claudia, que fez toda a coordenação e montou o processo de venda; a Renata, que revisou todo o texto e garantiu cada vírgula e crase; a Marília, que desenhou as ilustrações maravilhosas que acompanham todo o texto e retratam Londres tão bem; o Filipe, 'dono' das fotos que abrem cada capítulo, e a Halini, que 'amarrou' todo o material e fez a diagramação que torna o guia tão bacana e gostoso de ler. 

Um pedacinho do capítulo que é o coração do guia: o Roteiro de 7 dias

Por enquanto o guia está disponível apenas como ebook, mas em 2015 vamos fazer a versão impressa. O preço do ebook é R$39,90 e o pagamento é feito pelo PayPal, que é super seguro. Você não precisa ter conta nele, basta ter um cartão de crédito ou debito e pronto! Assim que você efetua a compra é redirecionado para uma página com o link para baixar o guia (e também irá receber o mesmo link por email). 

Primeira página do capítulo com sugestões de passeios de 1 dia na cidade

Estamos publicando o guia de forma totalmente independente, e por isso também estamos aprendendo muito com o processo. Caso você tenha qualquer tipo de problema, é só entrar em contato e vamos ajudar a resolver. 

Para comprá-lo, clique aqui. Para mais informações sobre o conteúdo do guia, clique aqui.

Lembrando que continuarei a postar sobre Londres normalmente, tanto aqui como no Aprendiz. Temos um montão de posts na nossa página especial sobre a cidade, e o fato de vendermos um guia não afeta em nada o ritmo de postagens e o conteúdo gratuito que disponibilizamos no Aprendiz de Viajante. 

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Leitura: The Search Warrant, Patrick Modiano

dezembro 22, 2014 Helô Righetto 0 Comentários

Quando saiu o vencedor do Nobel de Literatura esse ano, procurei um livro dele que fosse fininho, só pra 'testar', por isso que escolhi o 'The Search Warrant', que dá pra ser lido em uma semana.

Apesar do livro ser muito bom, não sei se retrata exatamente o estilo do autor, pois é um não-ficção, que narra a experiência do autor em buscar informações sobre uma moça judia durante a ocupação nazista em Paris na Segunda Guerra Mundial.

O que eu mais gostei é que a história não é 'deprê' ou super emotiva - é simplesmente a narração dos fatos: o que ele consegue descobrir sobre a moça e sobre a situação de outras pessoas na mesma época, juntamente com algumas coisas que ele mesmo lembra e experiências da família dele.

Enfim, valeu a leitura, mas vou deixar para comprar outro livro dele mais para frente.Alguém aí já leu algum outro título dele?



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DJ Grandpa

dezembro 18, 2014 Helô Righetto 2 Comentários

Volta e meia quando saio do trabalho e passo pela Trafalgar Square a caminho da estação de trem, me deparo com o DJ Grandpa: o criador de uma balada itinerante.

A Trafalgar Square todos os dias é tomada por artistas de rua. Tem gente fazendo performance, tem as estátuas vivas, tem músicos.... e tem o DJ Grandpa, que vamos combinar deixou todos os outros no chinelo.

Ele inclusive faz uma demarcação com giz no chão e escreve 'Dance Floor'. Tem luzinhas de balada e tudo mais. Infelizmente, todas as vezes que eu passo a 'pista' costuma estar vazia, mas acho que mais por vergonha da turma do que por falta de interesse. Todo mundo passa e abre sorriso, escuto muita gente comentando como é legal.

É legal mesmo. Um dia vou perder meu trem e ficar lá dançando (aperta o play pra ver!!!).

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Irritagram

dezembro 17, 2014 Helô Righetto 11 Comentários

Estou para escrever esse post sobre coisas que me irritam no Instagram há tempos, mas sempre desistia da ideia porque pensava: 'vão me achar uma chata'. Aí me toquei que essa fama eu já tenho, e se alguém ainda não sabe talvez esteja mais do que na hora.

Antes de tudo: eu AMO o Instagram. Ando bem viciada. E certamente já fiz algumas dessas coisas que me irritam. Aliás, difícil achar quem não fez! Mas como tudo na vida, moderação é palavra chave.

E olha, nada do que escrevi é indireta pra ninguém! É apenas uma confirmação de como eu sou facilmente irritável. O problema não é você, sou eu!

1. Print screen da temperatura
Não entendo a necessidade de dar print screen na tela do celular e postar a temperatura do lugar onde você se encontra nesse momento. Nossa! Faz 5 graus em pleno dezembro em Londres. Mas que surpresa! 30 graus em São Paulo no verão! UAU. Olha, no dia que fizer 30 graus em Londres no inverno e 2 graus em São Paulo no verão, aí sim é coisa que vale a pena dar print screen. Parem de usar espaço no servidor do Instagram para subir essas imagens inúteis.
Atenção: montagem com comparação do lugar que você está x o lugar para onde você vai também enche o saco. Jura que você vai viajar pra Finlândia amanhã e lá está 30 graus a menos do que na cidade que você mora? Não estou nem aí.

2. Não deixe de...
Aí você está curtindo a sua viagem a Nova York/Praia Grande/Shanghai (entendeu a ideia né?) e posta uma foto. SEMPRE tem alguém que vai te dar aquela dica ESPERTA, estilo última bolacha do pacote, sempre começando com 'Não deixe de ir/ver/visitar/conhecer'. Olha, quer saber? Deixo sim. Deixo de ir só porque você é um mala e eu não quero ir no mesmo lugar que você. Dicas são bem vindas, mas a expressão 'Não deixe de' é muito arrogante. A minha viagem não é igual a sua. O bistrozinho secreto que só acomoda 3 pessoas e é especializado em croque monsieur feito com presunto da Normandia e ovo da Córsega não é o lugar mais incrível de Paris.

3. AMO esse lugar
Jura? Você realmente ama esse lugar onde eu estou agora ou só escreveu esse comentário pra deixar bem claro que você esteve lá antes de mim? O 'AMO esse lugar' (assim com o 'amo' em letras maiúsculas mesmo) pode ser substituído por 'Saudades daí'.

4. Likes retroativos
Ok, isso não é necessariamente algo que me irrita, mas me deixa com a pulga atrás da orelha. De repente você recebe de uma vez só 30 notificações de 'like', todas da mesma pessoa, e percebe que tal pessoa fuçou seu perfil e chegou nas fotos de 1 ano (ou mais) atrás. Rede social é isso aí, tá tudo lá pra todo mundo ver, mas fica a dica: você pode ver as fotos e se conter no like, pra não parecer que você é um stalker.

5. Hospital / Machucado / Sangue
O que leva alguém a postar foto diretamente do hospital? Isso não apenas gera uma comoção (todo mundo fica preocupado) mas como também passa um pouco dos limites do que é apropriado dividir com o mundo. Acho uó, tô lá feliz e contente vendo meu feed do Instagram e me deparo com um joelho ralado, ou um roxo no braço ou uma agulha na veia. Vou no Instagram pra ver coisas bonitas, você pode por favor voltar a postar foto de comidas e de bebês, que são mais interessantes.

6. Trocentas fotos seguidas
Gente que sobre foto no Instagram como se o aplicativo fosse um armazenador de imagens. Não digo 2 ou 3 fotos em um intervalo de duas horas. Digo 15 fotos em 10 minutos. Acho que a pessoa tá sem ter o que fazer e resolve cavar o arquivo de imagens do celular, dando aquela flodada básica no feed alheio. Pra isso caro colega, existe o álbum de fotos do Facebook. Favor pesquisar a diferença entre as mídias sociais.

8. Você está em tal lugar?
Coloco a foto tageada com o nome do lugar: Restaurante da Maria.
Primeiro comentário: Que restaurante é esse?

9. Fotos sem descrição
Uma das minhas maiores agonias Instagramísticas. Geralmente são aquelas fotos artsy, conceituais. Nego joga foto lá e pronto. Ai nossa, que foto criativa, como você pensa fora da caixa, agora vem cá, ME EXPLICA QUE DIABOS É ISSO? Ou quem não é cool é proibido de entender mesmo?

10. Foto torta / sem filtro
O Instagram emprega gente para criar soluções que te ajudem a postar fotos bonitas, e você nem pra usar a ferramenta de alinhamento e desentortar o prédio? Poxa, faz um esforço? Ou então dá uma clareadinha, melhora as cores, coloca um filtrinho aí. Vamo combinar que foto sem filtro só de praias com águas cristalinas ok?

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5 eventos esportivos que eu não conhecia antes de morar em Londres

dezembro 15, 2014 Helô Righetto 5 Comentários

1. The Ashes
Um campeonato de cricket que envolve... dois times. Sério. Inglaterra e Austrália. Austrália e Inglaterra. DOIS TIMES gente. Não sei mais o que escrever. Eu já não consigo achar algo interessante nesse esporte, então fica difícil eu escrever sobre o Ashes sem ser sarcástica. Vou parar por aqui. Mas DOIS times. DOIS.

2. Ryder Cup
Se eu não me interesso por cricket, a coisa fica ainda mais feia quando o esporte é golfe. E, de novo, DOIS TIMES. Europa x Estados Unidos. Vamos ali ser elitistas juntos e já voltamos. Encerro aqui.

3. Campeonato Mundial de Dardos
Aaaaah, finalmente algo legal. Um campeonato onde a torcida está bêbada, fantasiada, e ainda por cima os participantes não tem um corpinho atlético. Ou seja, ainda há esperança de eu ser campeã mundial de alguma coisa. Talvez esse seja meu projeto pós-aposentadoria. Vou pro pub todo dia, tomar gin&tonic (ou Pimm's se for verão) e ficar treinando. Vocês vão me ver campeã em 2040, escreve aí.



4. Commonwealth Games
Ah, eu já dediquei um post inteiro ao Commonwealth Games, os jogos olímpicos dos países participantes do clubinho Commonwealth (vamos combinar que a última coisa que todos os membros dessa organização tem em 'commmon' é 'wealth', né?). Alguém se lembra dos campeões desse ano? Nem eu.

5. Oxbridge boat race
Tudo bem que essa é mais uma competição entre dois times (Universidades de Cambridge e Oxford), mas ver os times de remo dessas duas instituições históricas e arquinimigas é muito mais animado do que ver críquete ou golfe. A corrida acontece todo ano em Londres, em um trecho do Rio Tâmisa no oeste da cidade. Acho que todo mundo que fez faculdade entende essa rivalidade, e como é algo rápido, pá-pum, se resolve em menos de uma hora, deixa os ânimos da torcida a flor da pele.

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6 meses em segundos e uma pequena tragédia

dezembro 12, 2014 Helô Righetto 7 Comentários

Há alguns dias, quando precisei reinstalar todos os meus aplicativos no celular por conta de um outro aplicativo que estava dando erro, perdi todos os segundos que estava filmando desde o começo (já postei sobre esse projetinho/app aqui, aqui e aqui).

Pode parecer bobagem, mas fiquei arrasada. ARRASADA. Juro, quase chorei. já tinha completado 9 meses filmando um segundo por dia, todos os dias. A sorte é quando eu completei 6 meses resolvi fazer uma compilação, justamente pro caso de dar problema no back-up.

Então aqi está, o vídeo de 6 meses:



E sim, vou voltar a fazer, do zero. Mas resolvi que começarei dia 1 de janeiro de 2015, pra ficar um ano direitinho (e agora, que estou com celular novo e com uma câmera muito melhor, vai ficar ainda mais legal!)

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Exposição: Rembrandt - The Late Works

dezembro 09, 2014 Helô Righetto 1 Comentários

Assim como a exposição do Turner na Tate Britain, essa do Rembrandt na National Gallery é dedicada às obras criadas no fim da vida do artista, entre 1950 e 1969.

Eu sei muito pouco sobre a vida e obra dele (quando estive em Amsterdã acabei não indo na casa/museu dele), e fiquei impressionada quando li que ele perdeu a esposa e três filhos muitos anos antes de sua morte, e ainda assim produziu telas espetaculares. 

Os autorretratos logo na primeira sala já valem a entrada! Além das pinturas (como a tela entitulada 'The Jewish Bride', uma das estrelas da mostra), você verá dezenas de gravuras e desenhos com nanquim, um mais impressionante e detalhado que o outro. 

Recomendo comprar os ingressos com antecedência pelo site da National Gallery, já que a exposição está bem popular e as vezes não tem ingresso para o mesmo dia. Está em cartaz até o dia 18 de janeiro, o ingresso custa £18.

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6 anos londrinos

dezembro 06, 2014 Helô Righetto 1 Comentários

O tempo passa, o tempo voa...


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Leitura: Not That Kind of Girl, Lena Dunham

dezembro 04, 2014 Helô Righetto 1 Comentários

Eu não sou mega fã da Lena Dunham, mas concordo que ela é referência em inovação no mundo televisivo (mesmo que eu tenha assistido poucos capítulos do seriado Girls). Fiquei sabendo do livro que ela escreveu, afinal está por toda parte. E não estava considerando ler, mas um belo dia ela foi no programa do Graham Norton (que eu amo, e já escrevi sobre aqui no blog mais de uma vez) e eu chorei de rir (principalmente quando ela tirou onda da cara do chatonildo do Matthew McConaughey).

Aí eu comprei. Mas que decepção!

A Juliana Cunha publicou uma resenha sobre o livro, com a qual eu concordo em gênero, número e grau. Clica e lê, porque eu jamais conseguiria explicar tão bem quanto ela porque eu não gostei do livro.

Fica pra uma próxima Lena!

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Chega de Fiu Fiu, o documentário do Think Olga

dezembro 01, 2014 Helô Righetto 0 Comentários

'Se a mulher não quer que mexa com ela, então não tem que usar roupa que provoca, passa aqui de moletom'

Eu não vou nem discutir o tanto de coisa errada que tem na afirmação acima (que aliás eu não inventei. Veja o vídeo abaixo pra ouvir e ver esse e mais um monte de absurdos). Se você concorda que é um absurdo, então você precisa ajudar o documentário Chega de Fiu Fiu, idealizado pelo projeto Think Olga, a sair do papel.

(E se você não concorda, e acha que a frase faz sentido, faça um favor pra mim: feche essa página e nunca mais volte aqui)

Há alguns meses o Think Olga divulgou o resultado de uma pesquisa que mostra que as cantadas na rua não tem nada de inofensivas: é um problema grave, e que tem sido ignorado há muito tempo. Eu já falei sobre esse assunto algumas vezes aqui no blog (quando contei sobre campanhas feministas que apoio no Reino Unido, como o Everyday Sexism e o No More Page 3), então não acho que preciso explicar novamente que assédio não é paquera (e cantada É assédio).

Agora, o Think Olga quer dar um passo adiante na luta contra o sexismo e produzir um documentário que mostra as situações super desagradáveis que as mulheres passam todos os dias. Veja o vídeo abaixo para entender certinho o contexto e o projeto.



Então, vamos doar? A primeira meta, de R$20 mil, já foi alcançada. Agora precisamos chegar a R$80 mil, pra garantir que o documentário saia do papel. Temos 46 dias, e ainda falta bastante,

Quanto mais eu penso nesse assunto, lembro de mais e mais cantadas (algumas bastante agressivas) que levei na rua. Engraçado como a normalização disso faz a gente 'deixar pra lá' e esquecer coisas que na verdade são traumatizantes. Chega disso, gente!

Clique aqui para fazer sua doação.

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